domingo

"No Calor dos Trópicos" de Flávio Capuleto

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Título: No Calor dos Trópicos
Autor: Flávio Capuleto

Editora: Clube do Autor

Páginas: 352

Sinopse:
A quebra abrupta de produção de café no Nordeste brasileiro estava a arrastar os fazendeiros para a derrocada financeira. Na tentativa de solucionar o problema da falta de remessas, o Rei D. Luís convida o Dr. Bragança para o cargo de cônsul de Portugal no Brasil dando ao seu cortesão a oportunidade de ouro de escapar a uma eventual pena de prisão por crime de adultério. Mas como se o destino reservasse uma armadilha ao novo diplomata, a amante viaja para Petrópolis na companhia do marido continuando ali a sua relação escaldante com o cônsul. Alertado para a traição contínua de sua esposa, D. João Frutuoso, o magnata mais poderoso do Reino, banqueiro da Casa Real e da Coroa Brasileira, prepara uma emboscada ao diplomata, não só para o afastar dos braços de Leonor, mas também para poder exercer livremente o seu poder sobre os negros da roça e a sua vocação esclavagista. Um golpe inesperado dita a sorte dos amantes envolvidos nas malhas do destino.

Um envolvente romance de amor proibido, ódio e poder, numa época de mudanças políticas e sociais no Brasil, a abolição da escravatura e a implantação da República.

A minha opinião:
Há livros assim, viciantes! Pegamos neles e só descansamos quando o acabamos de ler. E no final ficamos com a sensação de ter vivido uma grande aventura. 

Este livro começa por nos cativar logo pela capa. Uma capa muito atractiva. Cor alaranja que transmite a paixão das personagens centrais, mas também o cenário tropical do Brasil. Na foto só pode ser a D.Leonor de Mascarenhas, uma beleza rara. A outra foto mostra-nos o palacete branco, residência oficial do cônsul de Portugal no Brasil.

Uma história de amor proibido, na segunda metade do século XIX, altura da abolição da escravatura, no clima tropical do Brasil. 
D. Leonor de Mascarenhas era uma mulher algo avançada para a época. Determinada por natureza, consegue fazer-se notar aos olhos do Dr. Bragança. O romance inicia-se pela altura do aniversário da rainha D.Maria Pia de Sabóia. Sendo ela casada, a relação não era vista com bons olhos e aproveitando um convite do rei D.Luís, o Dr. Bragança aceita o cargo de cônsul de Portugal em terras do Brasil.
Não conseguindo viver longe do seu amor, D.Leonor arranja maneira de convencer o marido a partir para o Brasil, alegando que sofre de uma depressão, precisando de mudar de ares. 
Chegados ao Brasil, D.João Frutoso, marido de D. Leonor, compra a maior fazenda das redondezas, a Roça Sapucaia.
Durante alguns anos D.Leonor e Dr.Bragança conseguem manter o romance longe dos olhares de D.João. Farto de ouvir mexericos aqui e ali, D. João resolve colocar um ponto final na relação da sua mulher com o cônsul de Portugal.

O autor soube retratar de forma fiel toda a controvérsia vivida numa terra de sonhos: o poder dos fazendeiros, a luta dos escravos pelos seus direitos e a paixão de D.Leonor e Dr.Bragança.

Para os fãs de romances históricos, este é um livro obrigatório!


sábado

Fátima Marinho na Fnac AlgarveShopping Albufeira

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Fátima Marinho, apresenta o seu mais recente livro "Ama-me sem me suportares ", no próximo dia 25 de Fevereiro pelas 17h00 horas na Fnac Algarve Shopping Albufeira.

terça-feira

Convite: Fátima Marinho apresenta "Ama-me sem me suportares" na Fnac Almada Forum no próximo dia 23 de Fevereiro

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Venho convidar-vos a estar presente na apresentação do mais recente livro da autora Fátima Marinho, "Ama-me sem me suportares ", no próximo dia 23 de Fevereiro pelas 21h00 horas na Fnac Almada Forum.


Sinopse:
Ama-me sem me suportares é um livro de 100 poesias e 1 conto. Sobre o livro, Fátima Marinho escreve: “Este livro é um ensaio imperfeito sobre a métrica dos sentimentos - mas a prova adequada das suas aderências. Quis escrever poemas de amor, de saudade, de morte, de esperança e, durante sete capítulos, mantive o esforço, até desaguar nos fragmentos, para deixar que os poemas fossem exactamente isso: pequenos pedaços de tudo.”

Um livro de poesia é sempre uma ribeira brava, que a todo o momento pode galgar as margens e afogar o que nos sufoca. Nesse sentido, é também uma libertação inconsciente de arquétipos imemoriais. As palavras quando se juntam à roda de uma ideia deixam as ideias à roda até que todas caiam reconciliadas no chão. É assim que a poesia se intromete nos gestos do quotidiano e, transcendendo-os, os transfigura. Este é um livro onde os afectos servem a poesia que deles se serve para ser o que é.

O livro tem ainda um conto: "Anjo de Jade".

Excerto

"Vozes

No fio, de luz, da vela, voltejam,
As vozes que o tempo calou.
Percorrem-me e colam-se nas paredes,
Franqueiam os móveis,
E sentam-se na cadeira de talha...
Não há silêncio que valha,
Ao silêncio das vozes que perdi."



Sobre a autora:
Fátima Marinho
21 de Novembro de 1966
Cuba (atualmente a residir em Lisboa)

Nascida a Sul, sob o vago encantamento da passagem.
Anos 70
"O que sei de mim começou a acontecer por volta dos quatro anos, quando me tornei, de uma só vez, proprietária e agricultora. Cerquei com pedras um pedaço de solo para nele experimentar o direito à propriedade privada e aos afectos dos gestos repetidos. Adoptei-o sem autorização, tal como os homens fundadores da sociedade civil que se apossaram das terras e ousaram chamá-las suas. Também assim fiz. Medi o local frontispício ao pequeno café da minha mãe e passei a cultivá-lo. Não me lembro de alguém ter reparado nesse meu acto insubordinado de emancipação latifundiária.


Todos os dias esquadrinhava os movimentos do canteiro, para aprender a força telúrica da terra. Um feijão destacou-se em altura e beleza de todas as outras sementeiras. Orientei o seu crescimento com uma estaca e ele desabrochou em flores.
Nessa altura, iniciei também estudos de biologia aplicada. Seguia o coaxar das rãs, nos regatos, para descrever a geografia dos percursos dos batráquios e recolhia cascas de árvores que dispunha por grupos de análise morfológica.


Nunca ninguém soube das minhas investigações silenciosas e do destino traçado de cientista/agricultora.
O feijão gigante e florido do meu canteiro permanecerá, de entre todas, como a mais estonteante e douta experiência. Por imperativos laborais de meu pai, dele me apartei quando ainda não sabia dividir o tempo em passado e futuro. Soube, todavia, sonhar durante longos dias com o meu feijoeiro todo florido e descobri que, por mais decisivas que sejam as razões da vida, nada manda no que, dentro de nós, continuamos a alimentar e a deixar crescer.


Abandonei o ofício de cientista quando comecei a frequentar a escola que sempre temi e desejei em partes iguais. Tive muitas professoras, muitos colegas e inúmeros lugares de carteira, mas o primeiro dia de aulas permanece distinto. As escadas íngremes a terminarem no portão estreito de ferro. A minha mãe a deixar-me naquele lugar vazio de rãs em regatos de água. Os meus olhos aflitos no meio do clarão da manhã de Outono. As carteiras de madeira com tampo inclinado e tinteiro para encher a caneta de aparo. O terror de me imaginar a escrever com caneta de tinta permanente e sujar o papel com respingos. A minha memória episódica, descarnada de factores circunstanciais, deve ter tido o seu berço no meu primeiro dia de aulas. Não tenho a mais pequena ideia da sala, da cara da professora, do número de colegas ou do intervalo. Mas lembro-me claramente das patas de cavalo gigantes entre as trepadeiras, do alecrim e do portão alto e estreito de ferro fundido que me impedia de fugir.


Até aos dez anos, aprendi que a mudança é o meu lugar de permanência, pelo que o tempo sagrado e consagrado tomou o leme do barco de noz em que navego. Os minutos são importantes, tant

domingo

"Mrs Craddock" de Somerset Maugham

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Título: Mrs Craddock


Páginas: 331

Sinopse:
Um dos romances mais belos de Somerset Maugham, é uma obra em que o genial escritor britânico dá provas, uma vez mais, do seu incomparável talento de profundo analista da alma humana, ao qual reúne o dom da narração perfeita, fluente e exacta. Mrs. Craddock, comovente história de amor em que desfila uma vigorosa galeria de vultos humanos, tão vários e diversos como a vida, ficará como uma das mais altas criações deste escritor inesquecível.

Sobre o autor:
William Somerset Maugham, um dos mais famosos romancistas e dramaturgos ingleses do século XX, nasceu em Paris, em 1874. Filho de diplomatas britânicos, cedo ficou órfão, tendo sido educado por um tio, vigário de Whitstable. Apesar de ter estudado Medicina na Alemanha e em Londres, nunca chegou a exercer, tendo sido, entre muitas outras actividades, condutor de ambulâncias durante a Primeira Guerra Mundial (à semelhança de escritores como Ernest Hemingway) e espião. As suas viagens um pouco por todo o mundo influenciaram profundamente a sua escrita. Em 1928 comprou uma propriedade na Riviera francesa, onde recebeu as mais importantes figuras do mundo literário, social´+pyeqae e político da sua época, e que seria a sua casa até 1965, ano da sua morte.

Entre as suas obras mais conhecidas, destacam-se Servidão Humana e O Fio da Navalha. Para além destes romances, fazem parte do catálogo da ASA as suas obras Paixão em FlorençaA Lua e Cinco TostõesAs Paixões de Julia e O Véu Pintado. Em 1947 instituiu o Somerset Maugham Award, prémio que distinguiu, entre outros, escritores como V. S. Naipaul, Kingsley Amis, Martin Amis, Alan Hollinghurst, Julian Barnes e Zadie Smith. Muitos dos seus romances foram já adaptados ao cinema.

A minha opinião:
A minha filha, sabendo que sou fã deste autor,  viu este livro na banca de livros usados da Faculdade de Letras e nem hesitou; pegou nele e trouxe-o para casa. 


Sou sempre suspeita a dar uma opinião sobre um livro de Somerset Maugham. Desde o primeiro livro (recomendado pelo também escritor José Rodrigues dos Santos), a "Servidão Humana" que este autor faz parte da minha lista dos favoritos.


Tal como a sinopse diz, o autor explora muito bem a alma humana. Os personagens deste livro são fortes e muito determinadas, principalmente a personagem principal, Bertha. Bertha  é uma jovem muito independente, o que na época não era visto com bons olhos. Depois de ficar orfã vai viver com a tia, Miss Ley. Miss Ley é uma senhora de meia idade, solteira e muito peculiar, ou seja, é uma mulher com vida própria que não gosta de se intrometer na vida alheia, como também não permite que se intrometam na sua.


Não vou desvendar mais nada sobre Bertha, Miss Ley ou as restantes personagens deste livro, apenas recomendo a sua leitura. Para os fãs do autor é mais uma excelente obra. Para aqueles que ainda não conhecem o autor nem nenhuma das suas obras, podem começar por ler Mrs. Craddock. Ficarão rendido às personagens cativantes que este autor tão bem sabe criar.


Boas Leituras!

segunda-feira

Convite: Maria Eugénia Ponte apresenta a "Abelha Zena, a Rainha Serena" na Bertrand do Chiado no próximo dia 18 de Fevereiro

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Venho convidar-vos a estar presente na apresentação do mais recente livro da autora Maria Eugénia Ponte, "Abelha Zena, a Rainha Serena", no próximo dia 18 de Fevereiro pelas 17 horas na Bertrand do Chiado (Rua Garrett, 73/75, Lisboa).

Sinopse:
O novo livro de contos (dedicados exclusivamente ao fantástico mundo das abelhas) de Maria Eugénia Ponte é uma viagem de magia que vai deliciar crianças de todas as idades.

Abelha Zena, a Rainha Serena é uma aventura única de um grupo de simpáticas abelhas, que vai passar por uma grande prova. Tudo por causa desse ser que, muitas vezes, não consegue conviver com os seus parceiros da Natureza...o Homem!

Conseguirão Zena e as suas amigas ultrapassar as dificuldades?


Se quiser saber mais sobre a Abelha Zena e as suas amigas pode ver aqui: http://abelhazena.blogspot.com/ e aqui: http://www.facebook.com/groups/226254387425600/

Sobre a autora:
Maria Eugénia Ferreira da Ponte nasceu a 14 de Abril de 1954, em Obras Novas, uma pequena aldeia do concelho de Alenquer, onde tem residido desde sempre.
Informática de profissão, interessa-se pela pintura, pela fotografia e pelo artesanato, mas ler e escrever têm sido uma constante ao longo da sua vida.

Em Agosto de 2007, editou o seu primeiro romance, "Desencontros Virtuais" e, em Outubro de 2009, uma compilação de 10 contos infanto-juvenis, "A Gaivota que tinha medo do mar".
Em Novembro de 2010, é coordenadora e co-autora de "Heróis à Moda de Lisboa", um projecto literário inserido na colecção "Heróis à Moda de...", da editora Lugar da Palavra, que pretende divulgar os falares e as tradições de várias regiões do país, através da magia do conto.
Em Maio de 2011, colabora, também, com dois contos, no livro "Contos Cruzados".

domingo

"No Calor dos Trópicos" de Flávio Capuleto

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Título: No Calor dos Trópicos 
Autor: Flávio Capuleto. 
Editora: Clube do Autor

Pode encontrar este livro numa livraria perto de si a partir do próximo dia 16 de Fevereiro. 

Sinopse:
A quebra abrupta de produção de café no Nordeste brasileiro estava a arrastar os fazendeiros para a derrocada financeira. Na tentativa de solucionar o problema da falta de remessas, o Rei D. Luís convida o Dr. Bragança para o cargo de cônsul de Portugal no Brasil dando ao seu cortesão a oportunidade de ouro de escapar a uma eventual pena de prisão por crime de adultério. Mas como se o destino reservasse uma armadilha ao novo diplomata, a amante viaja para Petrópolis na companhia do marido continuando ali a sua relação escaldante com o cônsul. Alertado para a traição contínua de sua esposa, D. João Frutuoso, o magnata mais poderoso do Reino, banqueiro da Casa Real e da Coroa Brasileira, prepara uma emboscada ao diplomata, não só para o afastar dos braços de Leonor, mas também para poder exercer livremente o seu poder sobre os negros da roça e a sua vocação esclavagista. Um golpe inesperado dita a sorte dos amantes envolvidos nas malhas do destino.

Um envolvente romance de amor proibido, ódio e poder, numa época de mudanças políticas e sociais no Brasil, a abolição da escravatura e a implantação da República.

Sobre o autor:
Flávio Capuleto, pseudónimo literário de Flávio Luís de Jesus Costa, nasceu no concelho de Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro, a 29 de Novembro de 1942. A sua paixão pelos livros manifestou-se cedo, levando-o a publicar diversos romances, edições de autor, que vendeu directamente ao público. Ganhou também a vida como vendedor de colecções de literatura universal.
Conheceu a amarga experiência da Guerra Colonial, sendo-lhe concedida a Medalha Comemorativa das Campanhas do Norte de Angola. De regresso da campanha militar, prosseguiu os estudos como autodidacta, sem nunca perder de vista o seu sonho: tornar-se escritor.
No Calor dos Trópicos é o seu primeiro romance histórico.


Brasil, segunda metade do século XIX, o tempo da escravatura, da ganância dos fazendeiros e das regras impiedosas dos grandes senhores convive com a terra de sonhos, lugar para o exotismo e a descoberta de novos prazeres.

«D. Leonor omitiu do magnata o mais importante: a sua paixão por Afonso e as relações de intimidade que esperava manter com ele em terras brasileiras. Depois da discussão travada com o marido, a fidalga sentia-se vitoriosa e tinha motivos para isso: conseguira livrar o amante de uma eventual acusação de crime de adultério, libertara-se a ela própria da humilhação do delito em que se via envolvida, e conseguira convencer o esposo a partir com ela para a terra mágica que a esperava no cabo do mundo!»

Um envolvente romance de amor e traição numa época de convulsões políticas e sociais no Brasil imperial. O retrato da sociedade local com os seus sonhos, intrigas e jogos de poder.

 

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