segunda-feira
Dia Mundial da Criança
Haverá coisa mais bonita que o sorriso de uma criança?!
Afinal todos nós, hoje adultos, ontem crianças!! Porquê nos esquecemos disso?
Vamos festejar este Dia Mundial da Criança todos os dias do ano!!!!
Um Beijo Enorme para todas as crianças do Planeta!
"A Verdade nos Olhos" de Harlan Cohen
Sobre o autor:
Harlan Coben nasceu em Newark, New Jersey, Estados Unidos da América. Após ter terminado o curso em Ciência Política, trabalhou na indústria de viagens. Até ao momento escreveu sete aclamados romances, tendo a Presença publicado dois deles "Não Contes A Ninguém" e "Na Pista de Um Rapto". Vive em New Jersey com a mulher e quatro filhos.
A história começa quando Myron recebe o telefonema de Terese Collins. Esta pede-lhe que vá ter com ela a Paris a um quarto de hotel. Depois de algumas peripécias pelo meio, Myron chega a Paris para se encontrar com a mulher que anos antes tivera um intenso caso de amor.
Terese Collins foi contactada pelo ex-marido, Rick Collins para ir ter com ele a Paris, pois queria revelar-lhe uma coisa que mudaria a vida dela para sempre.
Rick Collins aparece morto, mais propriamente assassinado e os principais suspeitos são a ex-mulher e o Myron. Para complicar ainda mais enredo, ficamos a saber que Terese e Rick tiveram uma filha, a Miriam. Miriam morre com 7 anos num acidente de automóvel conduzido pela mãe.
Junto ao cadáver de Rick aparece sangue que depois de analisado fica-se a saber que é da filha dele e da Terese.
Rick era jornalista de investigação e andava a tentar saber algo mais sobre a doença de Hurringhton. O pai de Rick, Sam tinha morrido com esta doença e ele queria saber se haveria alguma cura. Nas investigações que fez descobriu aquilo que não era suposto descobrir...
Quando pensamos que estamos perto de deslindar o caso, aparece mais qualquer coisa...
Fartei-me de sofrer pelo que Myron passou...as tarefas, os tiros, os sustos, enfim, um livro recheado de muita acção, mas também com algum humor.
A cena decorre no quarto do Hotel Claridge's, situado no centro de Londres entre Win e o Myron sobre a Terese.
(Muito Obrigada Ligiafteixeira!!!!!!!!!!!)
Uma crítica literária muito aliciante!
Quando li no Blogue A Galáxia dos Livros da Mariana Malhão , a sua opinião sobre o livro de Hugo Girão, "O Silêncio dos teus Olhos", fiquei muito curiosa. na altura escrevi um post sobre o autor, a sua biografia e a sinopses dos seus livros. Ainda pensei colocar a opinião da Mariana, mas não podia fazê-lo sem a sua autorização...esperei uns dias e nada, nenhuma resposta, resolvi colocar o post, mas a excelente critica que a Mariana faz ao livro e ao autor.
Este fim de semana recebo um mail da Mariana a dizer wue posso colocar a opinião dela aqui no meu blogue!
Obrigada Mariana!
«A MINHA CRÍTICA
O Silêncio dos Teus Olhos foi um livro que já li há uns dias, mas confesso que é difícil escrever algo que consiga transcrever a beleza desta obra. Hugo Girão tem, para mim, um dom muito grande. Acho que quem lê este seu livro, facilmente se apercebe deste facto.
Os sentimentos são expressos pela escrita de uma forma que parece que somos realmente a personagem e experimentamos os seus medos e angústias.
Fala-nos não só da fortaleza de um amor, mas também de obstáculos que podem muitas vezes destrui-lo ou fortalecê-lo ainda mais.
Estou rendida a esta escrita…
É uma história curta mas tão intensa, tão encantadora, tão viciante…
Foi uma agradável surpresa descobrir este autor português e saber que, por cá, se fazem Obras-Primas destas!
É um autor que vou querer seguir com toda certeza… E digo, desde já, que estou ansiosa por uma próxima publicação…
Já tinha saudades de ler uma Obra-Prima e de ficar com esta sensação de querer mais…
Acho que para compreenderem esta sensação, só mesmo experimentando esta relíquia… E garanto que não se vão arrepender…
Deixo um excerto, de entre muitos que tornam este livro inesquecível:
“O meu coração fica apertado quando ouve o teu silêncio, fica…
Tenho saudades do teu corpo encostado ao meu…
Tenho saudades da tua respiração descompassada…
Tenho saudades das tuas mãos nas minhas costas…
Sinto falta daquelas gargalhadas espalhafatosas quando digo alguma estupidez…
O teu corpo, meu templo…
A tua voz, minha guia…
Só quero que voltes…”
(Hugo Girão, 2009, pp. 59-60)
A MINHA CLASSIFICAÇÃO
10/10 - Obra-Prima»
sexta-feira
"Casamento em Veneza" de Elizaberth Adler
Uma súplica leva-a a Veneza e muda a sua vida…Mas um homem pode acabar definitivamente com ela…
Lily contacta a prima, Precious, para ajudá-la e dar-lhe conhecimento que por detrás de toda a trama está Bennent, o homem que a abandonou no altar em Veneza.
Entretanto, Precious conhece Sam Knight, um escritor que tem qualquer coisa a esconder do seu passado.
quinta-feira
Hugo Girão e os seus Livros!!!
Sinopse:
"Até parece que foi hoje. Levantou-se, fez as malas... E sempre em silêncio, apenas saiu…"
"Nove anos de uma vida em comum e acordei com a sensação de que, à parte de termos compartido os lençóis da mesma cama e algumas horas de alguns dias das nossas vidas, não partilhámos absolutamente mais nada..."
Esconder, silenciar, abdicar do ser próprio para nos moldarmos ao ser amado...
O medo de ferir, abrir diálogos passados para não por em causa um futuro incerto, quase sempre com os dias contados...
O espelho do quarto, o nosso melhor confidente; o corpo que se arrasta sem forças para mais... o silêncio...
Há sempre um dia em que a alma diz "BASTA", como um grito fechado numa gaveta empoeirada pelo peso do tempo; há sempre um dia em que acordamos fartos de viver o que ainda não existe e queremos fugir do que já vivemos, fugir de nós, fugir de tudo e de todos...
O Silêncio das Almas fala desses dias em que o mundo cai sobre as nossas costas sem que o possamos mais suster; esse mundo onde o silêncio e o amanhã são almas gémeas que acabam por sacrificar tudo o que ficou para trás, tudo o que foi bom, tudo o que deixou de ser, hoje, aqui e agora.
O Silêncio das Almas é uma história contada a duas vozes, uma história sobre os desencontros que caminham na mesma direcção à procura da mesma coisa, de maneira diferente... em silêncio.
A ler brevemente!!!
Depois de ler estes dois livros, deixo aqui a minha opinião pessoal!
quarta-feira
Selinhos!!!
terça-feira
Hugo Girão em Bragança
Queridos amigos
É com orgulho que vos anuncío que estarei presente na edição 2010 da Feira do Livro de Bragança, no dia 11 de Junho (sexta-feira), com a sessão de autógrafos marcada para as 21 horas.
sexta-feira
"Entre o Bem e o Mal" de L.C.Lavado
Numa pequena ilha, onde a água há séculos tenta subjugar a terra construída pelo Homem, um caminho estreito e empedrado leva a uma livraria cujo nome, de tão discreto, não fica na memória dos que por lá passam.
Dentro dessa livraria, no interior sombrio revestido a prateleiras de madeira secular, um Livro permanecia esmagado entre tantos outros semelhantes a si, pacientemente enfileirados, pacientemente aguardando o dia da sua partida.
O que diferencia este Livro dos restantes que o acompanham é que ele não aguarda a mão Humana que lhe dará a liberdade. Ele é provido de liberdade.
O que ele aguarda?
É a história que vou contar.
A ilha que vos falo é Veneza, e estas as palavras que iniciavam o Livro…
A minha opinião:
L-C-Lavado não deixa de me surpreender!!!
Já vou no terceiro livro e aguardo ansiosamente pelo quarto...esta autora vicia!!!
Tive o prazer de a conhecer pessoalmente na Feira do Livro num destes fins de semana. É uma pessoa muito comunicativa e partilhou o modo como elabora as suas escritas.
Sempre tive a curiosidade de conhecer mais de perto um escritor, falar com ele, trocar impressões e devo dizer que é giro. Associar o que escrevem à pessoa.
Olhando para a L-C-Lavado e pensando nos seus livros não encontro ligação directa, até porque cada livro da autora é diferente.
O primeiro livro, "Para Além da Razão" é o meu favorito por tudo. Pela história, como soube contar o amor entre dois irmãos, mas fê-lo de um modo subtil, leve, mas intenso. Digamos que algumas vezes esquecia-me que eles eram irmãos, porque sentia-se e via-se a realidade das cenas.
Foi de muita coragem escrever e partilhar connosco leitores uma história assim tão...falta-me a palavra certa... ... ... ... ... ... ... ousada...
O segundo livro é uma literatura fantástica passada no nosso mundo, mas que tem qualquer coisa fora do habitual. Também gostei muito e podem ler em postes anteriores a minha opinião.
Este terceiro livro, também segue a linha da literatura fantástica, mas na minha opinião, mais envolvente. A história é mais rica, tem mais condimentos. A autora deixa umas pontinhas soltas que nos fazem desconfiar de qualquer coisa...que ali haverá gato, ou melhor gata, mas isso fica para mais tarde!
A primeira cena deste livro localiza-nos na cidade fria de Londres, nos dias de hoje. Numa casa onde habitam dois jovens estudantes portugueses, o Pedro e o Henrique.
Pedro é o típico jovem que gosta de se divertir à brava! E Henrique, o rapaz estudioso e aplicado.
Um dia estava o Pedro no computador quando o Henrique deu conta de ver uma foto de alguém que lhe era familiar.
Amanda Liz é uma rapariga de 24 anos com a aspiração a escritora, numa fase de bloqueio.
É assim que a autora nos apresenta as personagens centrais deste livro! São personagens muito diversificadas tendo caracteristicas muito particulares.
Eu gostei logo do Henrique, pareceu-me um jovem adulto muito atinado, apesar de não saber ao certo o que quer para a sua vida.
Henrique e Amanda anos antes tinham feito uma promessa. A promessa seria uma viagem até Itália para festejarem o 25º aniversário de ambos. Numa troca de e-mails para combinarem tudo, aproveitam para falar nas cidades que iriam visitar assim como nas aventuras que vão viver! E que aventuras!!!!
segunda-feira
Lançamento do livro "Mistério em Connelleville" de Beatriz Neves Barroca
"À procura de um lugar" de Fátima Marinho
«- Diz-me, Francisco. Diz-me a verdade, gostas do teu irmão?
sexta-feira
"À procura de um lugar" de Fátima Marinho
A seguir, falou a Teresa Silva, a voz do áudio livro e a voz off do site da autora.
Foi uma verdadeira surpresa entrar no site da autora!
Depois o Júlio Martim falou do prazer que teve em fazer a voz do Vicente no áudio livro.
Nestas duas fotos podemos ver a Fátima Marinho com a Susana Félix
Fátima Marinho
Tinha uma alma gigante, dessas que cruzam o universo de lés a lés. O mundo não a soube compreender.
- Sabes, Princesa, às vezes o mundo não compreende as almas maiores. Não fiques triste!
A minha mãe morreu ao sétimo dia do primeiro mês do ano de 2001. Mas há muito tinha abandonado a vida. Creio que nunca cá esteve inteira. Quando dedicadamente lhe fazia máscaras de beleza e retirava o buço, escarnecia daquelas minhas preocupações estéticas, mas depois lá olhava, reconhecia o espelho e encolhia os ombros.
Nos dias de sol, levava-a para o terraço e fazia evocações ao astro-rei. Passava, repetidas vezes, as minhas mãos nos seus cabelos grisalhos, pedindo aos deuses, onde quer que estivessem, que iluminassem a escura e insustentável mágoa da minha mãe. A minha mãe transformou a sua vida num grande lamento. Tão grande que era impossível calá-lo. Tão grande que não foi capaz de nos poupar à humilhação pública de se arrastar pelos hospitais no mais mísero estado, enquanto no guarda-roupa deixava imaculados os casacos de bom corte e o vestido italiano que lhe havia comprado.
Depois de minha mãe morrer passei a usar alguma da sua roupa. Dei outra e guardei o vestido italiano. Pensei usá-lo num baptizado. Mas não o fiz. A minha mãe nunca o usou. Vestiu-o quando lho ofereci. Decidi, por isso, guardar o que resta do seu cheiro, das suas dimensões humanas, no vestido que guardo na primeira gaveta, da minha antiquíssima cómoda, no quarto das visitas que também foi dela. Quando tenho saudades da sua voz e o telefone não toca, corro para o quarto do lado e abraço o vestido da minha mãe. Nesse abraço não há nem um pouco da tristeza que a consumiu, nem do desespero com que sempre viveu.
A minha mãe ficou sempre menina. Tinha uma fixação na primeira infância que a sua sagacidade ocultou aos olhos desarmados do senso comum. Era uma menininha que enfrentou a vida como um gigante e depois se recolheu nas vestes de criança peregrina, sem rumo nem distância.
A minha mãe, que não era minha mãe, mas minha filha, era tudo para mim. Com ela discuti todos os dias da minha vida. Todos os dias! A ela permiti tudo! Só a ela. Todas as nossas desesperadas zangas acabavam sempre no abraço do poeta Ramos Rosa quando dizia:
A primeira vez que a minha mãe morreu tinha eu dez anos. Os vizinhos entraram pela casa dentro e não me viram chorar o luto abraçada ao cão vadio que meu irmão recolhera. – Temos que telefonar já ao marido. Ainda demora para vir da Venezuela. Ela não dura nem mais um dia.
Do outro lado da casa, não tive coragem de entrar para ver o anunciado corpo moribundo da minha mãe. “Mãe não morre nunca”, lembrei o poeta ao ouvido do meu cão vadio. “Mãe, nunca me deixes!”, supliquei ao céu, sem perceber a quem dirigia a prece.
Todos os anos a minha mãe morria duas ou três vezes, para ressuscitar de novo. Precisava de aferir a sua existência até aos limites. Oscilava entre a vida e a morte como quem compra caramelos para criança gulosa. Era exigente e ávida de dor a vida dela. Sempre vi a minha mãe como executora de tarefas desenhadas por um menino birrento ou por um deus anonimamente caprichoso.
- Deixem a minha Princesa em paz! - repeti mil vezes, desconhecendo, de novo, os destinatários das minhas súplicas.
A sete de Janeiro de 2001 ouvi chamar insistentemente por minha mãe. Vezes repetidas ela não ouvia o nosso desespero. Não tinha, pois, motivos para pensar que não respondia apenas porque os mortos não falam.
No quarto, meu irmão queria resposta: - Mãe, mãe, mãe...- Sai do quarto, por favor! A mãe morreu - disse-lhe baixinho, para que a morte me não ouvisse. A minha mãe sempre dizia que os mortos ouvem.- Não morreu nada - respondeu meu irmão, que não podia acreditar que as mães, mesmo as dolorosas, também morrem.
Telefonei para que a ambulância chegasse depressa e abracei-me ao corpo ainda quente de minha mãe.
- Tiveste um problema, mas vai ficar tudo bem. Não te preocupes! Haja o que houver, nós gostamos muito de ti, bem sabes. Tem calma, vais ficar bem. Claro que te perdoamos tudo. Tudo, Princesa.
O seu rosto iluminou-se. Parecia vivo de novo.. A minha mãe sorriu e eu aprendi, como o poeta, que “mãe não morre nunca”.
Sei desde então que a morte é apenas mais uma das portas da vida e que passar por ela pode ser a mais séria prova de amor, mesmo para vidas aparentemente desorganizadas e sem sentido.
Depois de morrer, a minha mãe aparece em alguns dos meus sonhos. Ora nadamos num lago transparente, ora a vejo construir escadas com argamassa translúcida nas traseiras da casa.
– Não te sabia artista, ó Princesa!– Tenho que vos ajudar. Tenho mesmo muito que fazer, minha filha.
Será que no céu há argamassa translúcida? Não sei, nem importa saber. Sei que está calma e feliz. Não me parece que os mortos nos sorriam em vão.
Entretanto, queria muito retribuir o sorriso da minha mãe com o refrão de Peninha, na voz de Caetano Veloso:
Aprendi com a morte que o amor é intemporal, incondicional e não obedece às leis da sensatez e da lógica. Este permanece o maior legado que a mulher, menina, minha filha e minha mãe me deixou. Ela que tinha medo da noite e mãos elegantes de fada.
- Estarás sempre em mim, Princesa. Até um destes dias.